O movimento estudantil

Publicado: 14 de outubro de 2010 em Arthur da Costa e Silva

Na década de 1960, a progressiva expansão do sistema de ensino superior público ocasionou o aumento das vagas nas universidades e consequente crescimento do número de estudantes universitários.

O ano de 1968 é lembrado no mundo todo por suas revoluções. Enquanto o resto do globo era sacudido por um levante juvenil, o Brasil via o presidente Costa e Silva aumentar a repressão contra seus opositores, especialmente o movimento estudantil.

As tensões daquele ano começaram no dia 28 de março quando o estudante Edson Luiz de Lima Souto foi morto aos 16 anos pela polícia enquanto almoçava em um restaurante universitário no Rio de Janeiro. O enterro foi acompanhado por cerca de 50 mil pessoas.

Organizados, os estudantes universitários brasileiros constituíram um importante movimento estudantil que influenciou o cenário da política nacional. As lideranças estudantis eram adeptos das ideologias de esquerda. Por conta disso, depois do golpe militar de 1964 o governo desarticulou e colocou na ilegalidade a mais importante entidade estudantil, a União Nacional dos Estudantes (UNE).

A UNE atuou na coordenação e direção do movimento estudantil em âmbito nacional. Mesmo na ilegalidade, as lideranças estudantis mantiveram a UNE em funcionamento e tentaram reorganizar o movimento estudantil. As maiores passeatas e protestos de rua contra o governo de Costa e Silva foram promovidos pelo movimento estudantil.

No dia 26 de junho de 1968 o Brasil presenciou outro momento histórico: 100 mil pessoas protestaram pelas ruas do Rio de Janeiro contra a repressão e a censura. A marcha ficou conhecida como a Passeata do Cem Mil.

Um dos momentos mais tensos aconteceu no dia 12 de outubro daquele ano. Na cidade de Ibiúna, interior paulista, a polícia invadiu o 30º congresso da UNE e prendeu cerca de 800 pessoas.

Foi com o AI-5 e o fechametno do Congresso que muitos estudantes decidiram aderir à luta armada nos anos seguintes.

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